Tuesday, May 31, 2005

Esperança




O principal é aumentar a força interior e a coragem, essa atitude é a força para curar.

Thursday, May 26, 2005

Distanásia

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[Fig.]

Hoje, num momento de reflexão acerca do doente oncológico ocorreu-me o termo distanásia.
Lembrei-me duma doente em estadio avançado da sua doença oncológica. Apresentava várias complicações entre as quais, trombocitopenia. Por esse motivo, os hematomas eram numerosos e as hemorragias frequentes. Surgiu então, como indicação terapêutica, a administração de Plaquetas. Para a sua administração, era necessário recorrer a técnicas invasivas que, por sua vez, também aumentavam o risco de hemorragias.
Foram feitas várias tentativas, por parte dos profissionais, para se cateterizar uma veia periferica mas os edemas e os hematomas impediam a sua visualização e localização. Após várias tentativas, a doente manifestou-se saturada e já não aguentar tanta picada, apesar disso, os profissionais continuaram a insistir e inclusivamente recorreram ao desbridamento para a localização da veia. Finalmente as plaquetas perfundiram.
Eu fiz parte da equipe que tentou em vão a punção da veia periférica. Ainda tenho bem presente o estado debilitado e o sofrimento aparente da doente. Infelizmente faleceu cerca de 12 horas após a perfusão das plaquetas. Mais um insucesso do esforço dos profissionais de saúde, mas não teria sido mais digno termos desistido mesmo antes da doente ter dito que já não aguentava mais? Relembro que a doente se encontrava numa fase terminal.
O desenvolvimento tecnológico em saúde tem contribuido, em muitos casos, para um aumento da longevidade do ser humano, muitas vezes às custas de grande sofrimento do doente. A distanásia tem sido muitas vezes praticada pelos profissionais de saúde, sem ser reconhecida como tal.
No artigo Distanásia: Até quando investir sem agredir? pode ler-se que, "(...) temos muito mais conhecimento que tínhamos anteriormente. Mas este conhecimento não tornou a morte um evento digno. O conhecimento biológico e as destrezas tecnológicas serviram para tornar nosso morrer mais problemático; difícil de prever, mais difícil ainda de lidar, fonte de complicados dilemas éticos e escolhas dificílimas, geradoras de angústia, ambivalência e incertezas". Para além de manifestar o meu acordo com este autor por esta expressão, concordo também com a frase por ele citada, "É melhor a morte do que uma vida cruel, o repouso eterno do que uma doença constante", sem no entanto, ser adepta das práticas de eutanásia.

Wednesday, May 18, 2005

A paramentação dos profissionais e o doente em aplasia medular


[fig.]


Os tratamentos de quimioterapia e radioterapia conduzem muitas vezes o doente a aplasia medular. O recurso ao isolamento protector é uma medida a adoptar para reduzir os riscos de infeccção a que estes doentes estão sujeitos. A lavagem das mãos, o uso de bata protectora associada ao uso de luvas e de touca, são medidas importantes a adoptar pelos profissionais de saúde como barreiras à propagação dos microorganismos sempre que se contacta com estes doentes.
Os cuidados com a paramentação, por parte dos profissionais, não podem ser descurados pois a farda hospitalar pode ser veículo de transmissão de microorganismos. O artigo "Hospital gowns as a vehicle for bacterial dissemination in an intensive care unit" publicado no Brazilian Journal of Infectious Diseases, sensibiliza os profissionais de saúde para esta problemática na medida que comprova a presença de microorganismos na sua farda hospitalar e o aumento significativo da contagem de microorganismos no final do período de trabalho.
Estes resultados reportam-nos para a necessidade de reforço dos cuidados com a paramentação, por parte dos profissionais de saúde, como forma de travar a disseminação dos microorganismos transmitidos por este meio.

Tuesday, May 10, 2005

Parecer sobre aspectos éticos dos cuidados de saúde relacionados com o final da vida


[fig.]

"Nenhum médico será indiferente ao sofrimento de uma pessoa doente, até ao último instante de vida, para que a morte humana, inevitável, possa ser adequadamente vivida por cada um". Esta frase de Daniel Serrão, provida de bastante significado, pode ler-se no parecer sobre aspectos éticos dos cuidados de saúde relacionados com o final da vida.

Monday, May 09, 2005

Carcinoma da língua

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ca lingua
O carcinoma da língua, segundo o "estudo clínico-epidemiológico do carcinoma epidermóide da base da língua", é mais frequente no sexo masculino. O tabagismo e o álcool são factores de risco que contribuem para o seu aparecimento. O tabagismo por si só, é um factor relevante na morbilidade desta patologia, no entanto o risco é maior quando os dois factores estão associados.
O cancro da lingua pode ter cura, se diagnosticado numa fase inicial.
Para evitar o seu aparecimento, recomenda-se que a pessoa pare de fumar, não se exceda em bebidas alcoólicas e se alimente de forma saudável (legumes, frutas...).
Recomenda-se também o autoexame da língua, para deteção precoce desta afecção, pelo menos uma vez por mês que deve ser realizado em local bem iluminado.